Da conveniência da religião

Há algum tempo refletimos sobre algumas notícias e comentários, que vez ou outra são insistentemente repetidos nos meios de comunicação, num tom negativo, e até como se usados para uma pressão sútil sobre a Igreja Católica e seus ministros.

Não raras vezes este ou aquele veículo notícia estatísticas brasileiras, que apresentam crescimento de algumas denominações religiosas, e decréscimo no número daqueles que se declaram católicos no Brasil.  E sempre há os que a margem do conhecimento sobre nossa Igreja, tercem comentários desabonadores, e apontam por mudanças que permitam a absorção de visões "atuais" da sociedade, em especial sobre o aborto, sobre as questões homossexuais, e sobre uma aceitação de hábitos de sexualidade banalizada, em especial entre os jovens.  Como se a Igreja em suas interpretações devesse contrariar a Verdade de Deus, a mensagem de Cristo, muitas vezes claras e cristalinas e contrárias as práticas correntes, para assim agradar os descontentes e avessos a prática de sua religião declarada.

Vejo que a postura da Igreja tem sido apropriada, mantendo-se fiel aos princípios cristãos e a uma única Verdade,  não obstante a necessidade de ampliarmos a nossa ação divulgadora das mensagens de Cristo e até de vivermos ainda mais esta presença em nós.  Como disse certa vez o Mobsenhor Jonas Abib, e que está no post publicado anteriormente a este, quem conhece Jesus não pode guardá-lo só para si.

Como tem sido preconizado, é a qualidade do cristão católico que deve ser preservada e incentivada, claro que como tem alertado o Papa Francisco, buscando como Cristo o fez, semear a verdade sem criar uma rejeição aos que ainda não a compreendem ou buscam.  Não é uma questão de falar apenas o que eles gostariam de ouvir, como muitas denominações o fazem apenas para aumentar o número de fiéis, mas não estigmatiza-los e não estar sempre com o dedo apontado para suas faltas, acolher a todos sempre que formos provocados e assim for possível, com amor e sinceridade.

Quanto ao numero de católicos "em queda", devemos lembrar que o próprio Cristo já alertava sobre o esfriamento da fé de muitos, se é que podemos falar assim.  Lembro-me de algo dito pelo padre João Claudio da Igreja de Nossa Senhora do Ó em Paulista, em uma homilia ele nos lembra que muitos nascem em uma família católica, mas que em outras palavras isto não é um sinônimo de fé e seguimento a doutrina,

Concordo com os que dizem que não há como mudar a Igreja, para simplesmente aceitar que por exemplo, a prostituição socializada entre os jovens (principalmente), como muito denuncia padre Fabio  de Melo, seja  aceita como algo normal e apenas uma forma de liberdade dos jovens em uma cultura globalizada e atual.

Triste é aceitar e achar que devemos nos calar diante do que ataca os nossos  jovens e as famílias, como alguns sugerem, a droga e a bebida com seu consumo liberado e incentivado por meios de comunicação e artistas, e que traz tanta destruição as pessoas e aos lares, através do vício, da prostituição e de várias formas de doenças.  São como dizia padre Leo da Comunidade Betânia obras do encardido, que põem o rabo nas vidas das pessoas para tirar sua paz e para afastá-las do Senhor, e não algo aceitável para nós.

Neste contexto, devemos louvar a Igreja por suas posições e por não ser uma religião de conveniência, que muda ao sabor dos ventos para agradar a todos. Devemos reconhecer a ação do Espírito Santo que assiste aos nossos pastores, e tem promovido mudanças e renovações significativas na Igreja.  Renovando-a com a presença de padres iluminados como João Paulo II e levando-a onde a mensagem não chegava aos jovens e a muitas regiões como na Africa, e mesmo depois com a atitude de Bento XVI que após proclamar 2013 como, O Ano da Fé, abriu caminho para que surgisse o Papa Francisco que retoma uma proximidade da Igreja com os pobres e com a simplicidade e humildade no servir, a exemplo do que propôs Jesus.

Vamos ajudar a nossa Igreja, apoiando-a e transformando nossas vidas em exemplos de vida e presença de Cristo em nós, que venha a JMJ - Rio 2013  e que seja mais um sopro do Espírito Santo para uma Igreja santa e renovada, com os jovens brasileiros, para a construção do Reino que já se instala entre nós.    

Mateus 24:10-11

Muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros. Vão surgir muitos falsos profetas, que enganarão muita gente. A maldade se espalhará tanto, que o amor de muitos se resfriará.