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Domingo, Cristo chega a Jerusalém - Foto JC |
Amanhã nós celebramos a chegada triunfal do Príncipe da Paz à Jerusalém, a cidade palco do anúncio da verdade, do amor, e das palavras de salvação que vieram do próprio filho de Deus, Jesus, dias antes do sacrifício único e verdadeiro.
Domingo de Ramos é um paradoxo, onde vemos o acolhimento e o desejo por libertação manifestado por um povo, por pessoas de fé que tinham sua própria visão do que seria o seu salvador, e não era o que Cristo representava pouco tempo depois do triunfo de Ramos, quando entregue aos romanos pelo Sinédrio e pelo rei judeu, ouviu de muitas bocas entre aqueles à quem alimentou, os gritos de "crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o!"
A condenação à morte de quem antes viam como salvador, pela sociedade judaica, pelos que defendiam o santuário e as leis, é simbólica e nos remetem as fraquezas e medos humanos, as hipocrisias e interesses dos "que regem nossas vidas", e até de nós mesmos, e que levam a atos e comportamentos ruins e reprováveis, destrutivos, como os que muitos de nós enfrentam.
Muitos séculos depois do triunfo paradoxal de Jesus, e de sua posterior ascensão ao Reino de Deus, em meio a violência e infidelidade humana, ou das inseguranças e medos de quem era oprimido pelos poderosos e representantes dos governantes, dos opressores estrangeiros, dos líderes religiosos e do povo, com seus interesses acima da verdade e do que deveria ser o certo, bom para todos. Ainda vemos se repetir situações como as da antiga Judéia, e relações violentas e repletas de interesses mesquinhos, como os que ocorriam no tempo em que os judeus aclamaram e condenaram Jesus, e se perpetuam hoje.
Nestes dias percebemos que é necessário refletir, entender e nos posicionar corretamente, mais uma vez, num mundo em que matar crianças inocentes e destruir povos, como os palestinos em Gaza, pelo poder, pelos interesses de poucos e com consentimento, omissão de nações e governantes poderosos, que ocorrem como se fosse naqueles tempos de Jesus. E como naquela época, vozes que proclamam a verdade, como fazem representantes como nosso Papa Francisco, são ignoradas, quando não são condenadas e são silenciadas, a exemplos de muitos sacerdotes, pastores ou não, em muitas partes e momentos, exatamente como ocorrem aos que enfrentam injustiças e opressores que manipulam vidas e sociedades, instrumentos de poderes e estruturas dedicadas ao seu próprio benefício, repetindo o que foi feito ao Salvador, com o mesmo requinte e determinação.
Que o Domingo de Ramos e a Semana Santa que se segue, exemplo de amor verdadeiro, ajude à todos nós a fazermos escolhas e ações que reforcem o amor de Cristo em nós, conduzindo-nos pela verdade em dias conflituosos e difíceis como os atuais, e diante de tantas ameaças dos poderosos.
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Jesus esteja com vocês!
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