Como vimos, Cristo exige de nós compromissos, com o que nos transmitiu por meio de seu Evangelho, seja na perpetuação e transmissão dos valores, seja com gestos reais de amor manifestado por uma crença sincera, acompanhada de ações concretas e continuas.
Mas o Senhor exige compromisso também com o irmão e com a comunidade, com as relações e laços, com o simbolismo e significado daquilo que nossa Igreja classifica como sagrado, como uniões, como vidas. Por isso somos também responsáveis pelas construções familiares e sociais, individuais e coletivas, e que remete à todos a uma boa prática cristã, ou podem nos distanciar de Cristo, quando não compreendemos ou pomos em prática esta percepção e os valores que devemos abraçar.
Isso dissemos no texto anterior públicado aqui, mas faz-se necessário deixar mais claro alguns dos pontos, assim sendo é preciso detalhar. Compromisso se manifesta também de forma simples e em situações próximas a nós. É preciso como cristão está comprometido com:
- a defesa da vida em todas as formas e momentos, seja ela embrionária ou infanto juvenil, seja ela terminal, seja uma vida que se afastou dos valores de Cristo e se encontra privada de liberdade, seja uma vida vivida nas ruas e esquinas, entregue a vícios, abandono e humilhações e ameaçada constantemente por violências, incompreensão e adversidades. O respeito a dignidade da pessoa e a vida, é princípio básico do amor transmitido por Jesus, nós devemos ter sempre isto em mente e nos esforçar para que se concretize entre nós;
- também com a construção e manutenção de laços de família estáveis, verdadeiros e sinceros, baseado no amor no respeito, na compreensão, na fidelidade e no empenho mútuo de transformar nossos lares e famílias em uma pequena mas sólida igreja doméstica, firme e repleta de amor, onde as pessoas e membros se ajudam e se empenham em edificar um lugar comum saudável e acolhedor aos que dele partilham, procurando se entregar de fato a uma vida fraterna e guiada pelo bem, onde Cristo seja a essência e sustentáculo das relações e do lar, que se edifica a cada dia, e desta forma todos sejam fortalecidos e conduzidos à Deus. Sendo o fruto deste compromisso um lar cristão, e exemplo para todos os demais, para a comunidade, levando a conhecerem o significado de uma vida em família, feliz, sólida e que seja espiritualmente equilibrada, e mostre a toda sociedade, o poder da Palavra de Deus nos lares cristãos por meio do verdadeiro amor;
- compromisso com a formação dos que estão próximos e dependem de nós, filhos, esposo ou esposa, parentes amigos, seja quanto a absorção de valores que contribuam a construção de uma sociedade baseada na ética cristã, com paz, verdade, justiça, fraternidade, igualdade, respeito, equilíbrio, por meio de uma prática religiosa contínua e crescente, e também pelo aprimoramento da educação e do conhecimento principalmente espiritual, e no uso das escrituras e evangelhos, de forma gerar maior participação e compromisso entre os que optaram por uma vida em Cristo;
- compromisso com a Igreja e a comunidade, respeitando os fundamentos que orientam nossa fé e nossa denominação religiosa, não pelas instituições em si, mas por serem instrumentos concedidos para partilharmos a unidade, a fraternidade, o amor e assim construirmos solidariamente e para todos as bases do Reino de Deus, desde já e a partir das nossas vidas aqui neste mundo, num exercício de evolução e "purificação", onde se firmem votos sinceros e que nos habilite a uma vida plena diferente da que estamos acostumados;
- compromisso com nossa humanidade, consolidando culturas e os fundamentos do que é belo em ser humano dotado de ciências e espírito, potenciais e habilidades, sentindos, sentimentos e emoções, sonhos e esperanças, preservando e ampliando o que podemos oferecer de melhor aos nossos irmãos, a nossa sociedade, ao nosso planeta, depurando os maus hábitos e comportamentos destrutivos, que ameaçam a natureza e nossos biomas e paisagens, as muitas formas de vida e nossa existência, e nos levam a condutas que nos diminuem e ferem a alma profundamente.
Assim sendo, compromisso é reconhecimento da intimidade com Cristo, com o Espírito Santo, é destinar nossas forças e dedicação para estreitar nossos laços espirituais com o Salvador, através da consumação de uma vida pautada pelo amor, que não pode ser desprovido de uma ligação e esforço para servir, e viver de forma comprometida com a Palavra. É dar sentido a fé elevando sua concepção com a prática, com ações, que envolvem caridade, respeito, verdade, justiça, paz, equilíbrio, transformação, crescimento, dedicação, lealdade, partilha, integração, serviço, amor, como frisamos em pontos já destacados, e com muito mais valores e sentimentos relacionados e não ditos aqui.
Considerar-se cristão, ainda que não adequadamente vinculado ou praticante de uma religião, e viver sem considerar a perspectivas de termos que agir de forma comprometida com Cristo, com seus ensinamentos e seu amor, com nossos entes e irmãos, com a nossa comunidade e nosso ambiente, seja uma forma enganosa de omissão e egoísmo, talvez e em algumas vezes, mais um meio de fugir de medos e limitações que alimentamos, ou uma outra forma de esconder a incapacidade de reconhecer que nossa visão é distorcida e limitada. Constitui-se ainda numa forma pouco matura de fé, onde causamos feridas as nossas almas e de outros, com testemunhos e gestos de rompimento e quebra de compromissos, sempre conduzindo a divisão, separações dolorasas, com comportamentos contrários a edificação do amor e da vida em Cristo, onde só sua misericórdia e grandeza no acolher, curar e perdoar, oriunda de Deus, pode desculpar nossas omissões e falhas ao não abraçar uma vida verdadeira, plena, onde compromissos, se fazem indispensáveis e necessários a relação cristã.
JOÃO 12:26
Se quer servir a mim, que me siga. E onde eu estiver, aí também estará o meu servo. Se alguém serve a mim, o Pai o honrará.
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Nos 500 anos do manifesto protestante de Lutero, cabe lembrar um dos seus princípios e base da religião e correntes que fundou ou influenciou:
Lutero defendia: a salvação só pela fé pode ser alcançada.
Mas essa percepção como tal, como lembra nossa Igreja, não é apropriada, e cita passagens dos ensinamentos bíblicos, dentre os quais Thiago 2:14-19.
Nós católicos defendemos que só a fé não basta, e as ações são necessárias, e que pela graça ou misericórdia (algo profundo e grandioso do amor de Jesus e do Pai), podemos alcançar a salvação. A fé como lembra Paulo é importante, um motor que contribui para transformações necessárias, mas não totalmente suficiente para uma vida em Cristo.
Thiago 2:14-19
Meus irmãos, se alguém diz que tem fé, mas não tem obras, que adianta isso? Por acaso a fé poderá salvá-lo? Por exemplo: um irmão ou irmã não tem o que vestir e lhes falta o pão de cada dia. Então alguém de vocês diz para eles: "Vão em paz, se aqueçam e comam bastante"; no entanto, não lhes dá o necessário para o corpo. Que adianta isso? Assim também é a fé: sem as obras, ela está completamente morta.
Alguém poderia dizer ainda: "Você tem a fé, e eu tenho as obras." Pois bem! Mostre-me a sua fé sem as obras, e eu; com as minhas obras, lhe mostrarei a minha fé. Você acredita que existe um só Deus? Muito bem! Só que os demônios também acreditam, e tremem!
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Uma igreja brasileira
Há 40 anos o servidor público Edir Macedo fundou a Igreja Universal do Reino de Deus, uma comunidade dita cristã onde se evidencia contradições e cabe questionamento segundo a visão católica e mesmo de outras denominações pentecostais. No cerne da questão estão práticas tidas por excessivamente vinculadas a um "comércio da fé", dentre outros aspectos, onde se exploram e adotam "rituais" de "purificação de objetos e coisas" que são "distribuídos" em fortes campanhas de arrecadação e com apelos financeiros que beiram a coação ou chantagens, e a titulo de resultados duvidosos e distantes do que as igrejas cristãs tradicionais consideram importantes e valiosos para a espiritualidade. Em alguns momentos é forte e presente a ideia de intimidade com Deus, distorcida e medida pela prosperidade ou pelos bens que o fiel possui e acumula, com a necessidade de retribuir generosamente a instituição religiosa e as elites de pregadores, contrariando princípios da Palavra.
Ex-bispo denuncia esquema ilegal da Igreja Universal com a fogueira santa - Jornal GGN 15.08.2016
Uma das questões além da visão mercenária, atribuída a cúpula da Universal, é adoção de símbolos comuns a fé judaica e ao seu passado, com a valorização de símbolos ancestrais e com criação de réplicas da Arca da Aliança, ou do Templo de Salomão, que parece implicar num regresso de culto que não valoriza o papel e importância de Cristo, enquanto Salvador e símbolo maior da nova aliança com Deus, consumada com o sacrifício anunciado e definitivo, que viabilizou o perdão pelo amor e entrega total de Cristo na cruz.
Longe de nós julgarmos a boa fé dos fieis que se prestam aos cultos na igreja, muito menos pressupor que Deus, ou Cristo em sua misericórdia faz distinção e exclusão entre os que de coração o amam, ou considerarmos pouco legítimos os apelos e a aflições de algum servo apenas por sua denominação religiosa. Ao contrário, chamamos a atenção destes humildes, apenas contra a ação dos falsos pastores, hipócritas, que preocupados em engordar e enriquecer, desviam os mais humildes e os afastam de Deus por ambição. Dando exemplos ruins e negando a obra de Jesus ao usarem os pequeninos de tal forma.
- compromisso com nossa humanidade, consolidando culturas e os fundamentos do que é belo em ser humano dotado de ciências e espírito, potenciais e habilidades, sentindos, sentimentos e emoções, sonhos e esperanças, preservando e ampliando o que podemos oferecer de melhor aos nossos irmãos, a nossa sociedade, ao nosso planeta, depurando os maus hábitos e comportamentos destrutivos, que ameaçam a natureza e nossos biomas e paisagens, as muitas formas de vida e nossa existência, e nos levam a condutas que nos diminuem e ferem a alma profundamente.
Assim sendo, compromisso é reconhecimento da intimidade com Cristo, com o Espírito Santo, é destinar nossas forças e dedicação para estreitar nossos laços espirituais com o Salvador, através da consumação de uma vida pautada pelo amor, que não pode ser desprovido de uma ligação e esforço para servir, e viver de forma comprometida com a Palavra. É dar sentido a fé elevando sua concepção com a prática, com ações, que envolvem caridade, respeito, verdade, justiça, paz, equilíbrio, transformação, crescimento, dedicação, lealdade, partilha, integração, serviço, amor, como frisamos em pontos já destacados, e com muito mais valores e sentimentos relacionados e não ditos aqui.
Considerar-se cristão, ainda que não adequadamente vinculado ou praticante de uma religião, e viver sem considerar a perspectivas de termos que agir de forma comprometida com Cristo, com seus ensinamentos e seu amor, com nossos entes e irmãos, com a nossa comunidade e nosso ambiente, seja uma forma enganosa de omissão e egoísmo, talvez e em algumas vezes, mais um meio de fugir de medos e limitações que alimentamos, ou uma outra forma de esconder a incapacidade de reconhecer que nossa visão é distorcida e limitada. Constitui-se ainda numa forma pouco matura de fé, onde causamos feridas as nossas almas e de outros, com testemunhos e gestos de rompimento e quebra de compromissos, sempre conduzindo a divisão, separações dolorasas, com comportamentos contrários a edificação do amor e da vida em Cristo, onde só sua misericórdia e grandeza no acolher, curar e perdoar, oriunda de Deus, pode desculpar nossas omissões e falhas ao não abraçar uma vida verdadeira, plena, onde compromissos, se fazem indispensáveis e necessários a relação cristã.
JOÃO 12:26
Se quer servir a mim, que me siga. E onde eu estiver, aí também estará o meu servo. Se alguém serve a mim, o Pai o honrará.
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Encontro celebrando anianiversário da OSCJ - IGARASSU PE Mai/17 |
Lutero defendia: a salvação só pela fé pode ser alcançada.
Mas essa percepção como tal, como lembra nossa Igreja, não é apropriada, e cita passagens dos ensinamentos bíblicos, dentre os quais Thiago 2:14-19.
Nós católicos defendemos que só a fé não basta, e as ações são necessárias, e que pela graça ou misericórdia (algo profundo e grandioso do amor de Jesus e do Pai), podemos alcançar a salvação. A fé como lembra Paulo é importante, um motor que contribui para transformações necessárias, mas não totalmente suficiente para uma vida em Cristo.
Thiago 2:14-19
Meus irmãos, se alguém diz que tem fé, mas não tem obras, que adianta isso? Por acaso a fé poderá salvá-lo? Por exemplo: um irmão ou irmã não tem o que vestir e lhes falta o pão de cada dia. Então alguém de vocês diz para eles: "Vão em paz, se aqueçam e comam bastante"; no entanto, não lhes dá o necessário para o corpo. Que adianta isso? Assim também é a fé: sem as obras, ela está completamente morta.
Alguém poderia dizer ainda: "Você tem a fé, e eu tenho as obras." Pois bem! Mostre-me a sua fé sem as obras, e eu; com as minhas obras, lhe mostrarei a minha fé. Você acredita que existe um só Deus? Muito bem! Só que os demônios também acreditam, e tremem!
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Uma igreja brasileira
Há 40 anos o servidor público Edir Macedo fundou a Igreja Universal do Reino de Deus, uma comunidade dita cristã onde se evidencia contradições e cabe questionamento segundo a visão católica e mesmo de outras denominações pentecostais. No cerne da questão estão práticas tidas por excessivamente vinculadas a um "comércio da fé", dentre outros aspectos, onde se exploram e adotam "rituais" de "purificação de objetos e coisas" que são "distribuídos" em fortes campanhas de arrecadação e com apelos financeiros que beiram a coação ou chantagens, e a titulo de resultados duvidosos e distantes do que as igrejas cristãs tradicionais consideram importantes e valiosos para a espiritualidade. Em alguns momentos é forte e presente a ideia de intimidade com Deus, distorcida e medida pela prosperidade ou pelos bens que o fiel possui e acumula, com a necessidade de retribuir generosamente a instituição religiosa e as elites de pregadores, contrariando princípios da Palavra.
Ex-bispo denuncia esquema ilegal da Igreja Universal com a fogueira santa - Jornal GGN 15.08.2016
Uma das questões além da visão mercenária, atribuída a cúpula da Universal, é adoção de símbolos comuns a fé judaica e ao seu passado, com a valorização de símbolos ancestrais e com criação de réplicas da Arca da Aliança, ou do Templo de Salomão, que parece implicar num regresso de culto que não valoriza o papel e importância de Cristo, enquanto Salvador e símbolo maior da nova aliança com Deus, consumada com o sacrifício anunciado e definitivo, que viabilizou o perdão pelo amor e entrega total de Cristo na cruz.
Longe de nós julgarmos a boa fé dos fieis que se prestam aos cultos na igreja, muito menos pressupor que Deus, ou Cristo em sua misericórdia faz distinção e exclusão entre os que de coração o amam, ou considerarmos pouco legítimos os apelos e a aflições de algum servo apenas por sua denominação religiosa. Ao contrário, chamamos a atenção destes humildes, apenas contra a ação dos falsos pastores, hipócritas, que preocupados em engordar e enriquecer, desviam os mais humildes e os afastam de Deus por ambição. Dando exemplos ruins e negando a obra de Jesus ao usarem os pequeninos de tal forma.