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O que nos inspirou a criar este espaço foi resumido pelas palavras de JESUS em João 12:46 à 50, e foi também nossa primeira postagem. Espero que possamos cumprir o propósito desta obra, que é: levar a palavra e a verdade ao alcance de todos, e poder propiciar um espaço destinado à paz, à caridade, ao conforto e ao convívio dos cristãos. Segundo a URLmétrica estamos na posição 605.892 (antes 599.772º há 5 anos) no ranking do Brasil, entre vários milhões de sites existentes! Mas segundo o Google, são 1.113 visitas no mês passado. Obrigado aos mais de 59,2 mil visitantes nos 8 anos e 8 meses, numa média de 569 acessos por mês. Obrigado Jesus!
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A grandiosidade de DEUS

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Via láctea, presente divino

sábado, 5 de abril de 2014

Reflexões sobre Sínodo das famílias e o papel de Francisco

A Igreja Católica tem um pastor manso e humilde, inspirado pela ação do Espírito Santo para reavivar a fé e a esperança de muitos que estão cansados e desanimados. Em sua tarefa ele vem trazer ânimo novo aos fiéis, aos que não são tão fiéis e que buscam ainda um caminho, e até mesmo aos que dedicam-se também ao pastoreio e precisam de luz.

É um vento de paz, amor e esperança, que sopra sobre a Igreja trazendo mudanças e ajustes, e por mais simples que sejam tem enorme importância e atraíra muitos ao Senhor.  Contudo há mudanças que não são e não serão simples, mas para estas não faltará o Espírito da Verdade nem a oração de muitos cristãos.

Creio que o Papa Francisco com sua humildade e disposição, iluminado pelo Espírito de Deus, fará todos caminharem e refletirem profundamente sobre o que deve ser ajustado, e sobre a sua ação os irmãos cardeais, bispos e sacerdotes, encontraram as respostas equilibradas e adequadas para os pontos a serem revistos no caminhar da Igreja, em especial aos que se referem a família.   

Não cremos que haja uma alteração profunda na doutrina, nem que a Palavra seja maculada, mas a compreensão da mensagem de Cristo será ampliada e se tornará ainda mais clara e pujante, e será adotada com amor e fraternidade nos momentos em que já não estavam sendo, e assim vai ser levada aos que dela necessitam em todos os locais onde somos Igreja.

A Palavra é verdade, amor e caminho para salvação em Jesus Cristo, e a Igreja tem a obrigação de permanecer fiel a sua essência, ao que nos foi dado por Deus ao longo dos tempos e através de Cristo e seus apóstolos, por isso tanta cautela e reflexão no que se refere a uma nova leitura e a mudanças.

Lucas 16:17

É mais fácil desaparecerem o céu e a terra do que cair da Lei uma só vírgula.

O chamado do Papa Francisco feito ao clero para rever sua forma de se relacionar com os fiéis e com os que anseiam por Cristo, é um sinal de que o Espírito que o inspira e comanda a Igreja, espera que todos (clero e fiéis inclusive) se abram a um aprofundamento e a um encontro com o amor que levará de fato ao caminho que conduz a Cristo e a salvação, e que em dados momentos podem ter sido esquecido ou desprezado como principal instrumento de conversão e direcionamento dos cristãos.

É também uma nítida conclamação a considerar a família como centro deste processo, que é feita pelo sucessor de Pedro com muita humildade, clareza e sincera preocupação.

No Sínodo convocado pelo Papa é certo que o Espírito que alçou Jorge Mario Bergoglio a pastor maior, iluminará todos os participantes e agirá esclarecendo à todos sobre seus planos, levando-os a práticas, pensamentos e meios que culminem com o conhecimento e as interpretações que corrijam tudo o que dificulta o acesso a Jesus, removendo obstáculos e equívocos que impedem a manifestação plena do amor de Deus por meio da Igreja portadora de suas mensagens.  

Tal sabedoria e conhecimento fruto da inspiração do Espírito, assegurará que as mudanças não sejam com pensam alguns, uma oportunidade para dar vazão a sentimentos e desejos mundanos, ou como mera adaptação da Igreja e do próprio Jesus ao que o mundo anseia.

Acreditamos firmemente, mais uma vez se repete e se cumpre a vontade do Pai, como nos disse Jesus, ao falar sobre o Advogado que nos seria enviado, e assim tem sido como podemos perceber em momentos importantes da Igreja.

João 14:26

Mas o Advogado, o Espírito Santo, que o pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse.

No que se refere as prioridades propostas, há algumas questões sutis que podem ser tratadas, algumas das quais suficientes para criar muros aparentemente intransponíveis que separam irmãos e pessoas necessitadas de Jesus Cristo, que se ofereceu para redimir nossos pecados, e ainda hoje se oferece quando se faz pão e vinho na comunhão.

Não é fácil ou simples tratar do tema, sem o receio de extrapolar os limites do respeito e da obediência, sem pensar que podemos exceder o bom propósito e assim manifestar erros e desejos pessoais. Vemos por exemplo, que apesar da cautela algo precisa sei feito para avançar no sentido de uma maior aproximação dos cristãos e dos  que anseiam estar em Cristo, pela comunhão com o corpo de Jesus através da eucaristia.

Não nos referimos a eucaristia apenas como um rito, nem pretendemos banalizá-la ou profanar seu significado, ao contrário é para resgatar sua essência (comunhão com Cristo que veio para os necessitados, doentes e pecadores, como restaurador e salvador), que a torna alimento dado por Deus e que dele nos aproxima, e é sobre esta que estamos tratando.  Como disse Jesus (que se fez pão e vinho por meio de sua carne e seu sangue) que nos fortalece e nos une espiritualmente:

João 06:51

- E Jesus continuou: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá para sempre. E o pão que eu vou dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha vida."

João 06:54-56

"Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.  Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele."

É preciso ter clareza da importância deste gesto, desta dadiva de Deus, não recebendo ou procurando receber Cristo de qualquer forma, mas conscientes e movidos por verdadeiros sentimentos e pelo desejo de uma nova vida nele, recebendo-o com amor em nós e pela fé sem mais barreiras e restrições meramente formais.

Não ignoramos contudo a preocupação da Igreja de nos levar a romper com o pecado, mas Jesus sonda os corações de todos os que se colocam na sua presença, em especial dos doentes e mais necessitados, e sabe o que é melhor e verdadeiro, puro e sincero, corrigindo o que não o é.

Como exemplo do que abordamos, citamos o caso dos casais em segunda união, e também daqueles que mesmo em primeira união estiveram afastados da Igreja e não realizaram o casamento religioso.  Muitos destes ao se reaproximarem e participando do convívio e das celebrações eucarísticas, mesmo mergulhando no Evangelho, tendo famílias e lares constituídos e vivendo sobre a graça de Deus, recebendo e partilhando os dons do Espírito Santo, ainda assim continuam impedidos de participarem da comunhão, da eucaristia, e desta forma de se tornar "ainda mais próximos" de Cristo ou de ter pleno convício na assembléia cristã, o que cremos não ser a vontade de Jesus, que partilhou seu corpo sem restrições mesmo entre os carentes e os pecadores que buscavam por ele.

Para alguns pode ser simples e fácil renovar seus votos no altar, mas para outros não, especialmente no caso em que um dos conjuges não professa a nossa fé, ou mesmo sendo cristãos e usufruindo da misericórdia de Deus e do amor de Jesus não participa efetivamente das celebrações eucarísticas.

Nesta circunstância continuará àquele que entendi o significado da eucaristia, e esta valoriza, eternamente condenado a não receber o corpo e o sangue de Cristo, quando ele mesmo o ofertou à todos? Não cremos que seja este o propósito cristão inspirado pelo Cristo e pelo Espírito Santo.

Será vontade de Jesus que sejam erguidas barreiras para por distante dele os que sentem o anseio pelo pão que é vida, verdadeira comida e que muito mais que simbolizar também nos faz viver nele, e ele em nós?

Não foram gestos de Jesus ficar longe dos pecadores, discriminar quem dele precisa e quer verdadeiramente recebê-lo.  A transformação se realiza em cada um por meio da graça de Deus, inclusive na eucaristia e toda vez que reafirmamos nosso compromisso com Cristo, em sua memória.

Não foram estes os exemplos que Cristo deixou ao vir ao encontro de todos os doentes e humilhados, dos fracos e esquecidos, quando partilhou o alimento humano e espiritual com cobradores de impostos, prostitutas, e todos os oprimidos pelos pecados que desejavam vencer?

Jesus Cristo fez sua última ceia com os apóstolos que escolheu entre os judeus, deu-lhes pão e vinho, lavou-lhes os pés, inclusive de Pedro (especialmente escolhido por Cristo) que ainda iria fraquejar e negá-lo, ou de Tomé que viria a duvidar de sua ressurreição e da realização de suas promessas. Estes assim mesmo comungaram com Jesus e viveram também a sua páscoa.

Até mesmo a Judas o Cristo ofertou o pão que simbolizava a sua carne e a possibilidade de vida eterna, mesmo sabendo que este a rejeitaria com suas ações e escolhas.

Ao final Jesus deu-se em sacrifício por todos para ser o pão que alimenta (sua carne) e o vinho que é seu sangue, e juntos nos conduzem a vida eterna e se tornam acessíveis à todos.

Lembremos do que falou Pedro ao perceber o verdadeiro projeto de Jesus para os pagãos, assediados pelos judeus convertidos e pelos que abraçaram o Caminho:

Atos 11:17

"Deus concedeu a eles o mesmo dom que deu a nós por termos acreditado no Senhor Jesus Cristo. Quem seria eu para me opor à ação de Deus?"

Talvez esta verdade se aplique também ao que pensamos e expomos, com muitos outros, e seja algo que o clero perceba e aceite em breve!

De qualquer forma temos certeza de que mudanças como na forma de aceitar e partilhar o pão, não serão frutos de uma revolta ou rebeldia, não será segundo a percepção pessoal de uns sobre tais restrições e outras semelhantes.  Mas por ficar claro que não há misericórdia e amor quando impedimos à plena comunhão com Cristo, em situações tão delicadas como as exemplificadas, que nos ilumine o Senhor.

A confissão, o zelo pelo sagrado, são essenciais, mas será que implica em termos cristãos segregados ou tratados como pessoas de segunda categoria, em estado permanente de impedimento?

Se Deus, se Cristo, já lhes abriu as portas para o perdão com a decisão pessoal que tomam, de realizar uma mudança de vida e iniciar sua reaproximação com a Igreja, como não possibilitar-lhes o acesso a comunhão?

Como já lembramos o apóstolo Pedro que teve momentos de provação (como em Mateus, 26:33-35), não foi apartado e privado da comunhão com o Senhor, foi corrigido e restaurado para recebê-la. Muitos hoje que comungam e não estão imunes ao pecado também não são apartados, mas há àqueles que desejam estar próximo ao Senhor e lamentavelmente estão impedidos, isto não deveria acontecer entre nós, pois torna-se até certo ponto uma marca da qual não conseguem se desprender alguns dos nossos irmãos cristãos.

Cristo veio para resgatar-nos do pecado, e sabe de nossas mais profundas dúvidas e fraquezas, mas partilhou o pão e alimentou os necessitados.

Comungar é uma das formas de nos unirmos a ele e nos fortalecer para vencer o pecado.

Que os irmãos desejosos da mesma experiência com Jesus possam contar com a sensibilidade e compreensão da Igreja, e que está os ajude a receberem também o pão da vida na eucaristia, ratificando o amor e a misericórdia de Deus na vida dos cristãos restaurados. Seja estás uma das boas transformações!

Oremos para que o Espírito Santo inspire os bispos sinoidais na condução destas demandas cristãs, e que o Papa Francisco possa contribuir ainda mais, para uma visão mais misericordiosa sobre as questões que afetam e envolve o pastoreio e o resgate das ovelhas do Senhor.  E que o Espírito conduza à todos como o fez no momento da escolha do sucessor de Pedro dando-nos a graça de termos mais um verdadeiro pastor.

Estejamos nós unidos e confiantes na intervenção e condução divina das necessidades da Igreja de Jesus, e principalmente das famílias cristãs.