É comum fraquejar e cometer erros! Não somos perfeitos!
Mas Jesus nos alertou sobre estas ocasiões, pois Ele as vivenciou quando esteve entre nós como um homem, com uma diferença, Jesus superou os tais momentos com firmeza e correção, não falhou e não sucumbiu ao pecado, deixando que o amor e a fé em Deus prevalecesse.
João 16:33
Eu disse essas coisas para que vocês tenham a minha paz. Neste mundo vocês terão aflições, mas tenham coragem; eu venci o mundo.
Com seus gestos nos mostrou a fórmula para que nós também vencêssemos estas provações!
Decidimos voltar a falar sobre este aspecto dos ensinamentos de Cristo, por razões, na verdade alguns fatos que presenciamos não faz muito tempo, e que nos incomodou muito.
Na ocasião interferimos como era possível, através de uma conversa amiga ou mesmo orando ao Senhor, que prontamente nos atendeu, e num caso específico em meio a turbulências envolvendo pessoas de uma determinada família, serenou os ânimos e permitiu que a paz voltasse a reinar naquela casa, ao menos por algum tempo. Mas ficou em nós uma sensação de tristeza e desconforto, e nos perguntamos, por que as pessoas se deixam levar pelas emoções negativas mesmo sabendo que vão se ferir, e que podem levar a situações difíceis de serem resolvidas, a mágoas que vão gerar um convívio conflituoso e mais dores futuras?
Talvez não haja uma resposta padrão ou única, mas certamente estarão relacionadas a uma dificuldade de percepção em relação aos acontecimentos, causas e feitos, por quem viveu os conflitos. Mas também há um pouco de egoísmo de quem protagoniza as situações, uma falta clara de Deus e seu imenso amor não só nos instantes ruins, e muito provavelmente uma atitude de ignorar ou subestimar a interferência do Inimigo, ao mesmo tempo que superestimamos nossas próprias capacidades.
Refletimos então sobre alguns pontos para uma resposta mínima, veio-nos a mente outra questão:
Devemos ou não fazer alguma coisa a respeito? E o que podemos fazer?
A resposta cristã nos diz que devemos ter compromisso e zelo pelos irmãos, quanto ao que fazer, é algo delicado, mas podemos diante de tais situações no mínimo rezar com fé e sinceridade, pedindo a Jesus que envie o Espírito Santo para intervir nas situações e nas vidas das pessoas.
Não vamos apresentar soluções mágicas, nem temos a verdade sobre os fatos, simplesmente queremos nos debruçar sobre os acontecimentos e circunstâncias, comportamentos e posturas, isto em si mesmo talvez já seja uma solução para outros que enfrentam fatos semelhantes, pois se conhecemos os problemas que atingem alguns e os seus efeitos, podemos agir de forma a não reproduzi-los.
Não queremos e não vamos expor ninguém, como dissemos antes, ilustrar os eventos nos serve para melhor perceber nossas próprias atitudes em momentos iguais aos citados, e assim podemos evitar o que é possível antes que ocorra.
Primeira situação:
Uma senhora ainda jovem, bem afeiçoada e de formação mediana, separada e com filhos menores, tem por hábito sair com freqüência e ir à praia, bares e clubes de dança, seja na companhia de amigos ou de pessoas novas (conhecidos). É comum sair nos finais de semanas, e nas sextas a noite, além de manter um contato habitual com pessoas na Internet, é alguém que se mostra conectada com os modos atuais, e de personalidade pra frente. Mora numa casa simples com seus filhos, dentre os quais há uma adolescente de uns 14 anos e uma menina de cerca de 07 anos de idade.
A senhora apesar de "festeira", é uma pessoa triste e magoada com o que passou em seu relacionamento com o pai das crianças, tenta disfarçar (ou de fato não percebe o que faz) mas age como se cobrasse algo de todos (em especial das crianças) em razão do que viveu.
Em algumas ocasiões chega em casa após ter passado o dia fora (e às vezes até a noite), com uma atitude de inquisição para com as meninas, perguntando o que fizeram ou não em tom de voz alto e áspero, recheados de expressões pesadas ou palavrões quando algo não está a contento, ou não é respondido como esperava. Nestes instantes cada vez mais freqüentes, estoura um conflito generalizado com gritarias e ofensas mútuas, que culminam em desentendimentos e ameaças de agressões entre as partes (quando estas não ocorrem efetivamente), onde a mãe, nestes momentos tenta impor ordem através de uma postura autoritária e desprovida de consistência, amor e atitudes exemplares.
Em sua postura a senhora, ignora a repercussão dos seus atos na educação e na vida das meninas, em alguns momentos parece tratá-las como fardos ou responsáveis pelos seus sofrimentos, sem aparentemente levar em conta o sofrimento que pode causar a elas. O pior é que não há sinais de que veja neste cotidiano algo a ser corrigido, seja pela interferência externa em especial no campo espiritual, através de Deus, ou não.
Até mesmo em relação a forma como os seus vizinhos e pessoas próximas estão percebendo a situação, parece não haver preocupação ou simplesmente ignora o que possa ter constatado.
Os parentes mais próximos não estão ao alcance dos fatos, o que em tese facilita uma atitude de naturalidade aparente, mas os sinais dados por todos não são bons, as próprias crianças já não se mostram confortáveis, em especial a adolescente que vez ou outra pode ser vista pelos cantos no edifício onde moram, aparentando tristeza.
Em dada ocasião ao presenciar mais um evento triste entre elas, coloquei uma música cristã suave, fiz uma oração, peguei alguns itens (presentes que sempre tenho disponível) que levam uma mensagem de Jesus e fui até a residência delas presenteá-las. No momento percebi que no íntimo tanto da mãe como das crianças, não se sentiam bem com o conflito, mas parecem não ter mais controle sobre si ou mesmo sobre as situações quando têm início. Tive a certeza de que precisam de uma ajuda daquele que pode tocar fundo nos corações, Jesus, e que não são totalmente responsáveis pelos conflitos, mas não conseguem reconhecer as suas limitações diante dos fatos, e assim procurar a ajuda necessária.
Certamente o que relatamos é mais comum do que imaginamos, e você já deve ter testemunhado casos parecidos, mas o que precisamos destacar é justamente que nós também temos algo a fazer a respeito, por mais delicado e difícil que possa ser a situação, e não precisa ser necessariamente uma intervenção, mas uma assistência física e/ou uma ação espiritual que não seja dissociada da oração e da fé em Jesus.
Efésios 06:18
Rezem incessantemente ao Espírito, com orações e súplicas de todo o tipo, e façam vigílias, intercedendo, sem cansaço, por todos os cristãos.
É claro que não estamos tentando apresentar uma visão distorcida, na qual quem protagoniza os eventos seja vilanizado, pois são momentos relatados e não o conjunto de vivências das pessoas retratadas, infelizmente o que focamos é um retrato que tem se repetido com maior constância nos últimos tempos, e apontam para problemas emocionais, dificuldades de relacionamento entre os envolvidos e outras situações concretas, que eventualmente precisam também ser tratadas adequadamente e por pessoas capazes (sabemos da importância deste aspecto, o da saúde emocional e das formas de cura disponíveis na medicina, seja através de acompanhamento psiquiátrico, psicológico, etc.).
Ao tratar do tema e com o enfoque dado, queremos ressaltar que não podemos no entanto, cair na armadilha (comum aos tempos de hoje) de tratar os que vivem tais circunstâncias sobre uma perspectiva puramente materialista e cética, distante de Deus, desprovida de uma percepção espiritual muito mais consistente, já que a cura espiritual é duradoura e capaz de transformações enormes e de alcance bem mais amplo (envolve a família e até a comunidade próxima).
Um erro comum aos nossos tempos é ignorar que há forças que se fazem presentes em nossas vidas de forma sutil, que podem nos trazer sofrimentos concretos, e que não são tidas por reais e trabalhadas por muitos como abstratas. Atribuir tudo o que ocorre em nossas relações a reflexos dos tempos e de uma vida "moderna", com valores e circunstâncias próprias, é descartar a existência do Criador e de que há em nossas vidas muito mais do que nós, e do que somos capazes de entender, é um erro tão sério quanto os que cometem os que se deixam levar pelo misticismo, e atribuem todas as suas falhas e limitações a fatores e interferências externas (os eximindo de suas próprias falhas e limitações pessoais).
O Inimigo, que vem agindo contra a estrutura familiar, manifestando-se em situações como as apresentadas para destruir os laços que podem unir os membros de uma família (que para nós cristãos é uma estrutura sagrada por ser concebida por Deus, um célula social que deve ser santa e multiplicada como exemplo do amor entre as pessoas), existe e de fato age de forma a nos destruir!
Separar os membros de uma família, em cada família, é um caminho que o Inimigo encontrou para dificultar os planos do Senhor reinar entre nós, e só ocorre com a nossa omissão ou permissão. Este é o significado espiritual para tanta interferência e conflitos entre aqueles que deveriam estar unidos pelo amor e em Cristo. É como o Senhor nos disse:
Mateus 12:25
Sabendo o que eles estavam pensando, Jesus disse: "Todo reino dividido em grupos que lutam entre si, será arruinado. E toda cidade ou família dividida em grupos que brigam entre si, não poderá durar."
Cabe a nós lutarmos com as armas que nos deu Jesus, a fé, o amor e a oração, para que cheios do Espírito Santo possamos enfrentar as ações conflituosas postas no ceio de nossa família e em nossas vidas, e assim vencê-las. É algo que podemos fazer juntos e em comunidade.
Não deixe que as situações conflituosas reinem sobre sua família, unam-se entre si e com a comunidade congregada, recorra à Igreja e entregue as dificuldades a Deus, este sim é quem deve reinar em seus corações e seus lares.