Corpus Domini ou Corpus Christis, momento em que cada um de nós católicos podemos reforçar nossa crença no milagre que transforma e salva pela fé, cujo ponto alto é a Eucaristia, quando o Senhor se faz alimento em um dos seus gestos concretos de entrega e esvaziamento de sua superior existência, em prol de uma total comunhão conosco, quando o pão se faz carne e o vinho se faz sangue, e por meio deste mistério milagroso Cristo manifesta-se presente em nós.
Imagem obtida do Google Imagem |
Como disse Jesus, em João 06:51
- E Jesus continuou: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come desse pão viverá para sempre. E o pão que eu vou dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha vida."
Algo tão significativo e necessário que o Senhor fez repetir e transmitir sua importância, destacando e ensinando aos que esperançosos e sedentos por seu amor o seguiam e o ouviam com atenção, tentando encontrar o caminho da libertação de todo o mal.
Jesus compreendia a limitação e a ignorância humana que exigia dele uma intervenção terna. mesmo que firme e segura, de uma forma incansável e efetiva pela coerência entre as palavras e gestos, destinados e esperados até entre os mais próximos a ele, como um bom mestre nos ensina com paciência e sabedoria, Cristo sabe o momento adequado de enfatizar sua mensagem salvífica.
E outra vez quando da celebração da Páscoa entre os judeus, em tempo de estabelecer uma nova aliança onde ele se oferece humilde e voluntariamente como oferta perfeita, o cordeiro sem mácula num sacrifício definitivo e perfeito, aceito pelo Pai, para o perdão dos pecados do mundo e pela salvação de todos que acreditarem em sua ação redentora, e a buscam em seus gestos de amor e palavras, como as que ratificam a sua pré-destinação e entrega, presentes em:
Lucas 22:14-20
Quando chegou a hora, Jesus se pôs à mesa com os apóstolos. E disse: "Desejei muito comer com vocês está ceia pascal, antes de sofrer. Pois eu lhes digo: nunca mais a comerei, até que ela se realize no Reino de Deus." Então Jesus pegou o cálice, agradeceu a Deus e disse: "Tomem isto e repartam entre vocês: pois eu lhes digo que nunca mais beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus."
A seguir, Jesus tomou um pão, agradeceu a Deus, o partiu e distribuiu a eles, dizendo. "Isto é o meu corpo, que é dado por vocês. Façam isto em memória de mim." Depois da ceia, Jesus fez o mesmo com o cálice, dizendo: "Este cálice é a nova aliança do meu sangue que é derramado por vocês."
Cabe a nós acreditar e seguir as palavras de Jesus, independente do simbolismo dos gestos, pois como não crer na força salvadora que emana de Cristo e na sua capacidade de entrega plena e pura, capaz sim, de fazer-se em nós presente, ser um alimento santo que nos trás a força necessária pelo seu sagrado corpo, nos revigora e purifica na caminhada e na luta pela total libertação do pecado, que nos cerca e por vezes domina, estando intimamente em nós.
Cristo é o filho precioso de Deus, que não exita em ser plenamente unido aos que amam e buscam o Pai, estar nele e ser com ele um só. Na sua caminhada os milagres que realizava estavam repletos de simbolismos e destinavam-se a uma mensagem universal e eterna, mas também a um gesto de intimidade pessoal com ele. Corpus Christis nos faz lembrar Jesus, assim também é a Eucaristia, que nos aproxima dele a ponto do milagre ocorrer em nós, estando Jesus presente como o alimento que realmente necessitamos.
Já não é necessário o sacrifício de animais como faziam os judeus da antiga aliança, o alimento perfeito é Cristo, o Corpo de Cristo, que como nos disse foi dado por nós, para nossa salvação .
Já não recorremos ao sangue de vítimas, pois o sangue de Jesus, é aquele que afasta o Exterminador de nossas vidas (e este não pode nos subjugar impondo-nos a segunda morte), e diferentemente dos judeus que puseram nos umbrais das portas, nós recebemos o sangue do Senhor em forma de vinho, que representa a nova aliança em Cristo, que passa habitar em nossos corações.
Celebremos então Corpus Christis em memória de Jesus, e como nos recomendou o próprio, celebremos a Eucaristia como forma de recebê-lo intimamente, com respeito, responsabilidade e sinceridade, mas sem medos, sem pensarmos na nossa indignidade, pois o Senhor nos conhece profundamente e veio para ser o alimento e a cura que necessitamos. Jesus espera apenas que estejamos abertos a sua presença desejando sua manifestação milagrosa em nós, ele deseja que queiramos estar em comunhão com ele, para então por meio dele e do Espírito Santo, podermos agir concretamente da forma que nos ensinou, que conduz por meio da fé e do amor até ao Reino de Deus.