Bem vindos! O Senhor precisa de nós em sua obra, participe!

O que nos inspirou a criar este espaço foi resumido pelas palavras de JESUS em João 12:46 à 50, e foi também nossa primeira postagem. Espero que possamos cumprir o propósito desta obra, que é: levar a palavra e a verdade ao alcance de todos, e poder propiciar um espaço destinado à paz, à caridade, ao conforto e ao convívio dos cristãos. Segundo a URLmétrica estamos na posição 605.892 (antes 599.772º há 5 anos) no ranking do Brasil, entre vários milhões de sites existentes! Mas segundo o Google, são 1.113 visitas no mês passado. Obrigado aos mais de 59,2 mil visitantes nos 8 anos e 8 meses, numa média de 569 acessos por mês. Obrigado Jesus!
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A grandiosidade de DEUS

A grandiosidade de DEUS
Via láctea, presente divino

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Reflexos da falta de caridade




















Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse a caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que eu tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que eu tivesse toda a fé de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse a caridade, nada seria. E ainda que eu distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse a caridade, nada disso me aproveitaria.
A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá. Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três, mas a maior desta é a caridade. (I Aos Coríntios 13: 1-13)



A caridade de que fala o apóstolo Paulo em sua Primeira Carta aos Coríntios, é nada mais nada menos do que o amor em toda sua plenitude, o amor com justiça e desprovido de qualquer interesse, o amor capaz de compreender e perdoar, socorrer e de se dá por inteiro, o amor que nos deu Jesus Cristo. Sem ele, nada que façamos tem sentido, sem ele nada encontra justificação. O amor de Cristo não é em parte, e não aceita também que sejamos nós apenas em parte.

Que tipo de cristão você é? Em parte ou todo entregue ao Senhor, a Jesus?

Se nós fossemos todos em Cristo não veríamos acontecer cenas como estas retratadas nas fotografias que acompanham este texto, e que lamentavelmente são comuns em todas as capitais brasileiras, e quem sabe do mundo. Cada foto retrata uma história de vida, com sofrimentos, desventuras, doenças e toda uma série de momentos ruins, muitos dos quais poderiam ter sido atenuados ou evitados. Com certeza tanto aqui como em algumas outras regiões da terra, há pessoas que protagonizam cenas ainda mais chocantes e lastimáveis, de abandono e miséria.

Numa das fotos está o Sr. Vicente, morador de Olinda – PE, prestes a completar 80 anos, pessoa doente e idosa, com problemas vasculares que dificultam andar, pés inchados e mutilados, lúcido e com família. Conversamos com ele, este disse receber um benefício do INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social, órgão do Governo Federal, mas que o valor é insuficiente para manter em suas necessidades básicas (alimentação, moradia e saúde) a si e a sua irmã doente (que não recebe benefício), diz ainda que as medicações são caras, por isso mendiga no centro do Recife - PE. Também falou que nos postos públicos não fornecem a medicação, e que desconhece a existência de similares, pois ninguém nunca o orientou a respeito. Sobre sua permanência nas ruas mendigando, ele responde: que não pode sair das ruas enquanto perdurar esta condição, pois só com ajuda que recebe dos transeuntes pode minimizar seus problemas.

Como seu Vicente em poucos minutos circulando pelo centro de uma grande cidade, encontramos dezenas, ou centenas, mas já não chamam atenção, pois perdemos a capacidade de nos indignarmos, o que é terrível. A poucos dias presenciamos um outro caso em que, um senhor de cerca de 50 anos, ao menos aparentava, permaneceu por cerca de três dias em frente a uma agência bancária, todo sujo de fezes e urina, desidratado, com fome e sentindo-se mal, seu estado mostrava gravidade, as pessoas passavam reclamavam do mal cheiro mas poucas demonstravam preocupação de fato. Acionamos bombeiros e serviço de ambulância, que não vieram prestar atendimento, acionamos a assistência social da prefeitura, e nada, ele só se alimentava quando dava-se a comida na sua boca, e só no terceiro dia localizou-se um parente que se dispôs a vir buscá-lo, tendo-o feito.

Vivendo em condições desumanas, dormindo em marquises, se alimentando de restos jogados, em ambientes insalubres onde há proliferação de insetos, fezes, urina, ou perambulando pelas ruas, encontramos famílias inteiras, mas principalmente idosos abandonados por suas famílias, e muitas adolescentes entregues ao vício e as drogas. Diante de tamanha violência contra a dignidade humana, não é de se estranhar que as pessoas já estejam insensíveis à violência que tira a vida de tantos jovens e adultos todos os dias, tudo é parte de um cotidiano nefasto, mas encarado com certa naturalidade por muitas pessoas.

Voltamos a afirmar que a raiz deste mal, está na ausência do amor de Cristo em nós, pois o amor do Senhor já teria nos feito buscar soluções, amparo, ajuda para os irmãos que passam por situações tão difíceis. Mas você pode pensar, sou apenas uma pessoa com limitações e que não consigo resolver os meus próprios problemas! Além do que há o Estado em suas várias formas de representação, para suprir as carências destas pessoas desamparadas, e se este não o faz não é problema meu.

Mesmo que tenha você razão, em parte, infelizmente isto não lhe justifica em Cristo, tenho que lhe dizer que as coisas não são bem assim como pensa, pois há sempre algo que nos cabe fazer quando temos de fato amor! Além do mais, na verdade o que é muito mais comum, é usarmos tais justificativas para nos desculparmos mutuamente, por estarmos sendo omissos, pouco caridosos com o próximo, e indiferentes com situações que absolutamente não são normais. Situações que refletem em si mesmas toda a falta de amor que permeia nossa sociedade, onde as pessoas, estão mais preocupadas com os seus próprios interesses, com o dinheiro e o status, com a sua pequena ilha de conforto, e no máximo com aqueles que estão junto a si, quando não os abandonam.

Outras dizem: mas a quem vou ajudar? Há tantos que se passam por necessitados sem o serem! Não estamos aqui para julgar, e não é necessário muito esforço para se perceber que há pessoas num estado de carência tal, que permanecem dia e noite, faça chuva ou faça sol, nas ruas ao relento. O que precisa mais ser dito?

A maior parte das pessoas fecham os olhos, tapam os ouvidos, e se isolam em bairros dotados de uma estrutura mínima, condomínios fechados, em edifícios com toda a sorte de facilidades, e até mesmo numa residência simples mas onde a sua preocupação maior é está em conformidade com o meio nos quais estão inseridos. Muitas destas pessoas passam com freqüência por irmãos como o Sr. Vicente, outras até moram não muito distantes deles, mas simplesmente os ignoram, não param sequer para conversar e daí quem sabe fazer algo simples como orientá-los, dar uma pequena ajuda, ou algo mais fraterno como levá-los a um posto médico e pedir que lhes fossem receitados medicamentos similares, que fossem fornecidos nas farmácias públicas, e que ajudassem a evitar sua sina nas ruas. Quantas destas pessoas vão às igrejas para cultos ou missas semanalmente, diariamente, e pensam estar justificadas em Cristo, mas são incapazes de dedicar alguns minutos de atenção a um irmão. Lembremos a parábola do bom samaritano, Lucas 10: 25-37.

Francamente se fazemos isto, e é bom que reflitamos a respeito, não estamos sendo bons cristãos. Às vezes não é preciso uma grande ação para ajudar nosso próximo, só é preciso enxergá-lo como tal. E se você não tem tempo, contribua de alguma forma para um programa ou obra social, converse com alguém que conheça e saiba que está necessitado, procure saber o que pode fazer para ajudá-lo, são pequenos gestos que significam muito para quem precisa. Se pode seja voluntário, organize-se com outros irmãos, ou faça você mesmo um ato de amor, não transfira a responsabilidade para os outros se estiver à seu alcance fazer algo.

Cobre do Estado e de suas representações nas diversas esferas, municipal, estadual e federal, ações efetivas em prol dos desassistidos. Há tantos que buscam dos políticos que os representam, para solucionar problemas pessoais, do local onde residem ou de sua comunidade, e para tanto se organizam. Por que não fazer o mesmo para pleitear a implantação de um albergue ou casa de acolhimento para necessitados, ou mesmo atendimento e assistência médica, remoção, assistência alimentar e de higiene básica, para estes. Tantos outros organizam festas e eventos, por que não são capazes de organizar campanhas de doações de produtos ou de assistência aos necessitados? Não é necessário que haja uma calamidade para nos dispormos a ajudar. Lembremos como surgiu o Natal sem Fome, promovido pelo Betinho. E tantos são os abrigos que sempre necessitam de doações.

Leve ao conhecimento das autoridades e de instituições assistenciais, situações de abandono e miséria, denuncie a falta de atenção de familiares ou mesmo das autoridades competentes caso não dêem atenção a sua solicitação em relação a um irmão carente. Faça denuncia através da imprensa, em sua comunidade ou na igreja que freqüenta. Participe de campanhas, divulgue e multiplique informações sobre projetos assistenciais, etc.

Sempre há uma forma de demonstrar nosso amor, encontre uma, o que não podemos é permitir que o abandono e a miséria, continue como algo normal, e que nos deixe indiferentes perante as cenas do nosso cotidiano.

Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade. Porque toda à lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Aos Gálatas 05: 13-14.