Para os que esperam profundas mudanças na Igreja eles parecem ser mais um sinal de que Francisco, deverá implementá-las. Basta ver a repercussão das últimas declarações do Pontífice sobre questões polêmicas como o aborto e a homossexualidade, na qual o Papa pede maior equilíbrio da Igreja.
Papa Francisco |
O Papa disse:
Que a Igreja Católica não deveria permitir que as proibições ao casamento gay, aborto e contracepção dominassem os seus ensinamentos, e que a instituição deveria ser mais acolhedora, com padres que fossem como pastores compreensivos, e não burocratas frios e dogmáticos.
É algo de grande profundidade e sabedoria, e que não vem no intuito de invalidar a compreensão da Igreja sobre os temas, mas levá-la ao equilíbrio e a um avanço nas ações de acolhimento e de aproximação na direção dos que por qualquer circunstância sentem-se distante da possibilidade de estarem acolhidos pela Igreja. É ter Cristo presente em nossas opções relativamente a estes irmãos conforme nos mostra as Sagradas Escrituras.
Disse Jesus, Mateus 09:12-13:
Jesus, ouvindo isto, respondeu-lhes: "Não são os que estão bem que precisam de médico, mas sim os doentes.
Ide e aprendei o que significam estas palavras: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício (Os 6,6). Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores."
O Papa Francisco chama a nossa atenção para o papel fundamental da Igreja, estar a serviço de Deus continuamente na difícil tarefa de ajudar, amparar e amar o pecador, acolhê-los para assim aproximá-los de Cristo Jesus, e deixar que estes possam ter sua própria experiência com o Espírito Santo, verdadeiro responsável pela realização das transformações necessárias em cada um destes.
Nós irmãos, o clero e a Igreja como um todo, devemos ser pontes (como já disse o Papa em outras ocasiões) e não muros, não podemos ser obstáculos ainda maiores, que ao invés de aproximar o pecador do Salvador pode até afastá-lo, principalmente se nossos atos e exemplos não estiverem condizentes com a mensagem de Jesus.
Não é algo como ignorar ou legitimar o pecado, mas pelo contrário, é não abandonar o pecador nem permanecer preso ao pecado cometido.
Lembremos que Cristo nos deixou este legado de amor ao próximo, a tarefa de trazer para junto de Deus todo aquele que nele espera a salvação, e não cabe a nós católicos, em especial ao clero e a Igreja, fazer as vezes de acusador, que está sempre pronto a apontar nossos pecados e a cobrar perante ao Senhor. Isto quem faz é o Inimigo (conforme Apocalipse 12:09-10).
Apocalipse 12:09-10:
Foi então precipitado o grande Dragão, a primitiva Serpente, chamado Demônio e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com ele os seus anjos.
Eu ouvi no céu uma voz forte que dizia: Agora chegou a salvação, o poder e a realeza de nosso Deus, assim como a autoridade de seu Cristo, porque foi precipitado o acusador de nossos irmãos, que os acusava, dia e noite, diante do nosso Deus.
Também não cabe a Igreja julgar ou condenar, e o Papa relembra nossa missão maior, ir ao encontro do pecador e não perder muito tempo com formas obcecadas de discussões e embates, que afastam os que poderiam encontrar através da Igreja o seu caminho com Cristo. Eis que isto ele volta a nos falar em outra linda mensagem que reportamos a seguir:
A Igreja cure as feridas e aqueça os corações dos fiéis: Papa Francisco à "La Civiltà Cattolica" - Radio Vaticano 20.09
E como um pastor que busca as ovelhas perdidas, é natural a posição do Papa em defender uma maior presença da Igreja nas redes sociais, é lícito ir ao encontro dos jovens e dos usuários das redes sociais como quem deseja criar canais de diálogos e de condução da mensagem de Cristo, onde quer que estejam as pessoas dispostas a ouvir a mensagem do Salvador.
Papa Francisco defende a participação da Igreja nas redes sociais - Terra 21.09
Nós comungamos das preocupações do Papa Francisco, e nos engajamos junto com outros que também pensam que é necessário estarmos atuantes e prontos a levar a Palavra de Deus também nas mídias. Por isso mantemos iniciativas como estas, e convidamos os irmãos a participarem e também agirem no mesmo intuito.
Que Jesus nos ilumine a todos na tarefa de sermos irmão e verdadeiramente fraternos, em especial com os que estão longe neste momento.