Pensando em tudo o que aconteceu a Cristo, e como seu amor inabalável por nós, todos nós, o levou à cruz, e nos faz ainda hoje pensar na verdade e na vida que Deus deseja que tenhamos, à partir de uma profunda transformação que nos eleve a uma condição melhor, como homem e como seres criado no amor, e para o amor. Me peguei fazendo algumas perguntas e pensando, como os judeus não reconheceram o Cristo, mesmo tendo sido avisados, e se hoje também nós o negaríamos como eles o fizeram.
Em muitas passagens das Escrituras, há o anúncio da vinda de Jesus, algumas delas citam o contexto em que ele viria ao mundo, seu propósito e mesmo o que seria sua missão e seu maior sacrifício, a exemplo do que narrou o profeta Isaías, capítulo 9 dos versículos 4 a 9, onde narra à vinda do Príncipe da Paz, e apesar disto os judeus fecharam seus olhos aos sinais e seus ouvidos as palavras de Cristo, que agiu e se comportou como estava escrito e prometido naa Escrituras transmitidas por séculos.
Será que os interesses dos poderosos e guardiões das promessas de Deus, em fazer o que lhes convinham, em manipular as palavras e as pessoas, os medos, os anseios, foi o suficiente para lhes fazer esquecer do que foi dito sobre Jesus, do que seria sua missão? Foi a humilhação e sofrimento pela opressão de governantes e outros poderes, que os afastaram da possibilidade de reconhecer a verdade e o amor único, manifestado por Jesus, ou a corrupção e a sedução foi o motivo a negarem o Cristo, criando sua própria percepção de salvação, sem consonância com o que lhes reservou o Pai?
Certamente muitas serão as razões, não teremos uma só motivação para uma tamanha contradição, e a consumação da condenação e morte daquele que foi anunciado como nosso Salvador. Nos parece que os elementos e motivos, os exemplos e interesses tais como os de que não reconheceram Jesus na Judéia à mais de 2 mil anos, são e estão muitos atuais, ao ponto de mesmo sabendo das promessas de retorno de Jesus, e o contexto em que retornará, nós também não o reconheceremos, e da mesma forma é provável que o rejeitemos de novo, mesmo nós que nos chamamos de cristãos.
Vivemos tão imersos em nossos próprios desejos e problemas, em ciclos como os que viveram os contemporâneos de Cristo, sejam de violência, humilhação e necessidades, sejam de sedução e omissão, diante de condutas e fatos que não são bons e corretos, e mesmo como cristãos não reagimos, não denunciamos nem combatemos, como nos deixou Jesus em seus ensinamentos. É um ponto em comum com o passado, que precisamos olhar profundamente e superar, para evitarmos os mesmos erros e termos Cristo perto.
No momento que revivemos seu sacrifício e seu amor maior, precisamos rever Deus nas nossas ações e tirar as vendas, e tudo que nos priva de fazer como Ele nos ensinou, afastando tudo que pode nos fazer nega-lo de novo, e não reconhecer sua presença em nossas vidas, e não volta agir como os do passado, condenando-o novamente, ainda que através da figura dos irmãos que sofrem e morrem, em muitas partes e de formas absurdas e injustas, como ocorrem agora no Oriente, na África ou na Europa, mais claramente, quando neles residem o pouco do Cristo injustiçado e crucificado, por erros humanos que ignoramos.
Deus nos ajude a mudar e fazer o que Jesus espera de nós, principalmente dos que se propõe a viver como Ele nos propôs e instruiu como caminho de vida. O tempo urge e a necessidade cristã impera!
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Cristo crucificado - reprodução do Santíssima Palavra |
Jesus esteja com vocês!
Feliz Páscoa!