Se aproxima mais uma celebração da Semana Santa relembrando a Paixão de Cristo e a Páscoa, e nos toca de forma contundente, a sensação de como se faz atual, todos os aspectos que envolvem os acontecimentos que Jesus protagonizou há mais de 2000 anos.
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Jesus se fez presente aos pobres e humildes de corações, onde suas palavras encontraram alguma acolhida, e representaram alívio e esperança na vida de muitos.
Em muitos momentos Cristo representou a única voz, e verdadeiro caminho que se apresentou aos homens, no qual os que estavam esquecidos e abandonados pela sociedade da época, acreditavam e tentavam ao seu modo e com suas limitações (mesmo de percepção incompleta ou distorcida), seguir e entregar suas vidas em busca de curas, pão, alguma felicidade, paz, respeito, justiça, dignidade, e alguns de forma mais significativa, o verdadeiro tesouro oferecido por Jesus, a libertação de seus pecados e erros, para permanecer em comunhão com o Senhor, e mais próximo da eternidade no Reino de Deus.
E mesmo com uma mensagem, de paz, verdade, amor, esperança, cura e perdão, Cristo com suas ações e disposição, atraiu contra si, a ira dos poderosos, dos ricos, dos governantes, dos religiosos hipócritas, dos maus e violentos, dos injustos e mesquinhos, de todos que tinham o espírito transformado pelos valores e interesses do mundo. Um mundo de injustiças, exploração, fome, misérias, desigualdades, abandono, egoísmo, prostituições, falsidades, violências, guerras, mortes e destruição.
Os que não se sentem tocados por Cristo e pela transformação que ele representa, impelidos pelos seus anseios pessoais e corporativos, pelo apego ao poder e riquezas, ou pelos medos mais íntimos, formam um espectro social de uma casta em crise, de uma sociedade em ebulição e sobre "frequente ameaça", que impõem por meio de mentiras e ardilosas más ações, a pena de morte ao Salvador, a sua crucificação, como se fosse o pior dos homens, e alguns chegam fazer isso até mesmo se apropriando do nome de Deus.
Quando dizemos que é bem atual todo contexto da Paixão de Cristo, não é nenhum exagero, e muitos cristos estão entre nós, assim como as sociedades e o mundo, sofrem e vivem da mesma forma as dores e sofrimentos enfrentados 2.000 anos atrás, e todos aqueles males e sentimentos, e ações denunciados por Jesus em sua caminhada na Terra, o que muito nos entristece e gera ansiedade. Razões pelas quais muitos de nós cristãos, clamam e esperam por uma nova intervenção divina, em nossas vidas, em nossas realidades e em nossos espíritos, que muitas vezes se mostram fracos e carentes, diante das adversidades do mundo.
Um mundo, que corre a destruir o meio ambiente, as condições de vida e a dignidade humana (criando hordas de miseráveis, famintos, desempregados, desabrigados, migrantes, explorados, doentes, indigentes, esquecidos, encarcerados, favelados, abandonados e injustiçados, sem garantias mínimas de vida e serviços essenciais), criando locais cheios de desigualdades, violências, conflitos, guerras e mortes. Mortes de todas as formas e por razões, ou meios diversos, sem sentido para muitos, e frutos de maldades, de pessoas e sociedades distantes de Deus, ainda que muitos dos protagonistas, sejam aqueles que já conhecem ou tiveram contato maior com as palavras e mensagens de Jesus, sejam os que se dizem pastores ou outros religiosos cristãos, mas que contradizem aos ensinamentos e ações do Senhor, e expõem contradições que nos afetam e entristecem muito, e fazem mal demais.
O que dizer dos muitos sentenciados e executados de forma banal, nas ruas por toda parte do mundo, por nada, por intolerância ou discriminações, por coisas de pouco ou nenhum valor? Ou dos milhares que são forçados a saírem de seus lares, suas cidades, seus países, pelas violências e ambições, de muitos até mesmo "cristãos"? O que dizer de nações em conflitos internos que são fabricados por poderosos, que submetem massas a fome, doenças, dores e sofrimentos, por dinheiro e riquezas?
E como entender os que dizem ser cristãos, e apoiam atos tão loucos e opostos ao significado de Jesus, seja apoiando governos, líderes e seus desmandos, ou grupos sociais e segmentos que patrocinam tanta desgraça, ainda que de forma indireta ou ao silenciar diante de tanta miséria e injustiça semeadas em meio ao povo simples. Como não ver as "crucificações" aos montes nas comunidades carentes e periferias, a exemplo do bárbaro assassinato de um pai de família no Rio, vitimado por militares após 80 disparos, sendo o homem um inocente cidadão? Como aceitar com naturalidade, que um Bispo Católico se manifeste publicamente, propondo dá veneno a um "desafeto", sendo ambos "filhos adotivos" de Deus? E quando uma "igreja", lança cartão de crédito para seus fies, ou transforma o templo em mercado da fé, a exemplo dos fariseus no Templo de Jerusalém, que Cristo condenou?
A celebração da Paixão de Cristo tem muitos significados, e para os cristãos é um momento para reflexão, é o momento de reavivarmos a nossa fé, e nos darmos conta de todas as coisas que nos afastam de Jesus e de Deus, como forma de reafirmar o amor e tudo que foi feito pelo Salvador da humanidade, e não nos colocarmos entre os que lhe impuseram violência e injustiça, incompreensão e maldade, com a qual foi recebido, pelos desorientados e poderosos da época (governantes, religiosos, e ricos); que com os corações cheios de hipocrisia, rancor, e por meio de mentiras o condenaram de forma ardilosa e torpe. Algo que hoje ocorre toda vez que um humilde, um inocente, sofre ou morre esquecido, pelos que apoiamos e por nós que temos em Cristo, o exemplo maior, o último e verdadeiro sacrifício pela salvação.
Mateus 25:31-46
Lucas 23:34
E Jesus dizia: "Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem."
Mateus 25:31-46
Lucas 23:34
E Jesus dizia: "Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem."
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