Da Redação, com Rádio Vaticano
A história do Profeta Elias, extraída do Livro dos Reis, foi explicada pelo Papa Francisco na homilia desta sexta-feira, 13, na Casa Santa Marta.
O célebre trecho litúrgico mostra Elias no Monte Horeb, que recebe o convite a sair da gruta e apresentar-se diante de Deus. O profeta, que aguarda a “passagem do Senhor”, presencia um forte vento, um terremoto e o fogo, porém não encontra o Senhor. Por fim, numa brisa suave, Elias reconhece o Senhor.
“O Senhor era um fio de silêncio sonoro”. Parece uma contradição: estava naquele fio de silêncio sonoro. Elias sabe discernir onde está o Senhor, e o Senhor o prepara com o dom do discernimento. E depois, entrega a missão”, afirmou o Papa.
Francisco explicou que a missão que Deus confia a Elias é a de ungir o novo Rei de Israel e o novo profeta chamado a substituir o próprio Elias. Ele destaca a delicadeza e o sentido de paternidade com os quais esta missão é confiada a um homem que, capaz de força e zelo num momento, agora parece somente um derrotado. “O Senhor prepara a alma, prepara o coração, e o prepara na provação, na obediência e na perseverança”, afirmou o pontífice.
“O Senhor, quando quer nos dar uma missão, quer nos dar trabalho, nos prepara. Nos prepara para fazê-lo bem, como preparou Elias. E o mais importante disso não é que ele encontrou o Senhor. O importante é todo o percurso para chegar à missão que o Senhor confia”, enfatizou.
O Santo Padre destaca que esta é a diferença entre a missão apostólica dada pelo Senhor , de uma simples tarefa. “Ah, é preciso fazer isso, é preciso fazer aquilo…uma tarefa humana, honesta, boa… Quando o Senhor dá uma missão, sempre nos faz entrar num processo, um processo de purificação, de discernimento, de obediência e de oração”, ensinou o Papa.
Segundo o Papa, a fidelidade a este processo é deixar-nos conduzir pelo Senhor. Neste caso, com a ajuda de Deus, Elias supera o temor provocado pela Rainha Jezabel, que ameaçou matá-lo.
“Esta rainha era má, matava os seus inimigos. E ele tem medo. Mas o Senhor é mais poderoso. Mas o faz sentir que mesmo os grandes e bons necessitam da ajuda do Senhor e da preparação à missão. Vejamos isso: ele caminha, obedece, sofre, discerne, reza e encontra o Senhor”, concluiu o Santo Padre.
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