Crucificação de Cristo - Imagem do Google |
Não faz muito tempo lembramos desta frase de Jesus Cristo, algo muito maior e profundo do que tentamos discutir por mais de uma vez, mas que por esta razão e pela amplitude das verdades contidas no ensinamento cristão associado a ela, vamos tocar outra vez no tema, sob um aspecto um pouco diferente e proposital a simbologia desta Páscoa, relembrando que todo sacrifício de Cristo foi para nos dar um caminho de salvação, que não podemos perder de vista e devemos fazer um esforço ainda maior para segui-lo de fato, com determinação, fé, humildade, conscientes de nossos limites e fraquezas.
"Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”"
São Mateus, 26 - Bíblia Católica Online
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Vigiai e Orai! Cristo nos alerta e está presente nos trechos narrados por Mateus no Capítulo 26, Versículo 41.
Um alerta cada vez mais válido e necessário, ainda mais num tempo de tantas dificuldades como em meio as atribulações da pandemia em curso, não subestimando tantas outras dificuldades que são como uma pressão direta e constante sobre nós, e que em cada um tem sua peculiaridade e forma de repercutir e ressoar internamente, promovendo impactos diversos e nem sempre previsíveis, capazes de alterar vidas profundamente.
Cristo sabia o quanto as angústias, decorrentes das dores e sofrimentos, de medos e adversidades que recaem sobre nós, mesmos nos mais conscientes e espiritualmente maduros, podem infligir marcas e comprometer nossa disposição de agir e viver bem, e nos desviar dos caminhos que podem nos permitir a salvação, nos jogando em situações de solidão, insegurança, desespero e desesperança, capazes de nos pertubar, ofuscar a visão e nos distanciar de Deus e seu amor, por meio de erros e escolhas mal pensadas em decorrência das tentações que surgem e se avolumam rapidamente, sem que muitas vezes percebamos como estão surgindo.
Claro que Jesus tinha uma perspectiva mais ampla, e sabia bem mais para aconselhar-nos a vigiar e orar, algo para além da dor física e do medo que possa nos ocorrer, ou para as situações de aflições que se apresentam de formas e momentos diferentes de nossas vidas, até por influências de outras pessoas. A vigília e a oração é um remédio para os males e situações, como a tentação de buscar formas mas confortáveis de esquecer aflições, nem sempre formas verdadeiras e boas, adequadas a superar tais momentos, mas que às vezes nos são ofertadas, ou ficam apelativamente ao nosso alcance e agem como instrumento de sedução, alívio, prazer e fuga, tais como vícios e compensações irreais, sejam para o corpo e por meio de prazeres e sensações físicas, ou por meio de alívios mentais e emocionais, em relações desprovidas de verdade e amor (substitutas, propiciadas por outras sensações e laços, como a satisfação, orgulho, vaidade, dependência, etc.), geralmente limitadas e insustentáveis, ou paliativos que se tornam um mal, quando em nossa fraqueza nos deixam mais expostos a desequilíbrios, falsidades, pessoas e intenções más.
Vigiar é permanecer atento, preparado ou em preparação, um ato contínuo de observar bem as situações sempre em prol da melhor escolha, e nela tem que haver afinidade com Cristo e tudo que representa, relembrando suas palavras em todos nossos gestos e ações que tem de ser coerentes com nossa fé cristã. Orar é o meio de aumentar sempre nossa relação com Deus, mantendo-nos próximos de Jesus e todos os santos meios e representações, como soluções possíveis e efetivas para tudo que nos ameaça ou realmente nos atinge.
Vigiar e orar, é ato preventivo para nos ajudar a nos capacitar para vencer as tentações conjuntas ou não, amplificadas por meio da vivência das aflições e dores, das soluções fáceis e potencialmente ruins. É a resposta que precisamos e nos permitem permanecermos mais fortes e confiantes, olhando para a direção correta, para os ensinamentos cristãos e para misericórdia de Deus, não nos deixando abalar na nossa fé, e esperançosos numa vida melhor desde aqui na Terra, com Cristo conosco.
Sabemos bem o que representam tais palavras, como tantos, nos vemos mesmo depois de aprofundar nossa procura por Jesus em suas palavras, em sua forma de viver e amar (cuidando e nos ensinando), vez por outra surpreendidos e vitimados por transtornos que nos fazem mal, e parecem desencadear cascatas de situações dolorosas, ao mesmo tempo que portas (alternativas duvidosas), se apresentam como soluções mágicas, que não entendemos corretamente (por falta de foco, clareza cristã, de vigília e oração), e se revelam depois como grandes armadilhas, das quais demoramos a nos desvencilhar, nem sempre sem mais dores, com custos e perdas pessoais muitas vezes enormes, e marcas indesejadas, mesmo após correções e mudanças adequadas, para sair dos desvios e retomar o caminho em Cristo.
Portanto cuidemos, façamos o que Ele diz, firmes, vamos vigiar mais e orar incessantemente, para atrair o bem para nós, a presença do Espírito Santo, o Consolador! Aproveitemos esta Páscoa em todas as suas etapas, para viver os ensinamentos de Cristo e seu sacrifício, reafirmando nossa fé e nosso amor por Jesus, relembrando sua paixão, mas principalmente a sua ressurreição.
BOA PÁSCOA!
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