Aprender com Jesus, a superar a cultura da morte
Sob todos os aspectos, os ensinamentos de Jesus Cristo são
para vida, e para vida eterna!
Aprender com Jesus a superar a
cultura da morte, é fazer se realizar em nossas vidas, todas as suas palavras e
mensagens que nos transmitiu, pois Ele veio de forma contundente a nos
transformar pelo amor e pela vida, e erradicar tudo em contrário, que por nós
foi alimentado até sua vinda, e infelizmente, para muitos ainda hoje continuam sendo
algo difícil de por em prática.
|
Jesus crucificado Googleimagem |
Antes de Jesus, os antigos judeus
e outros povos, adotavam preceitos que se transformavam em muitos momentos em
violência gratuita, injustiças e instrumentos de opressão a serviços de
poderosos, déspotas e religiosos de conduta hipócritas, que desprovido de
compromisso verdadeiro, onde usavam até Deus, por justificativa para suas ações
más. Ainda que na Palavra estivesse
contida a possibilidade de penas capitais, havia também com elas preceitos a
pessoas e aos seus líderes, que se adotados e seguidos não necessariamente
resultariam em atos tão extremos, e de forma tão banalizada. Na verdade muitos
adotavam ao seu critério o que lhe convinha, sem Deus.
Exemplo, na sociedade judaica
antiga, guiada pela Tora, era passível de punição com apedrejamento até a morte,
a mulher que cometia adultério se fosse flagrada no ato (Levítico 20:10;
Deuteronômio 22:20), mas a Lei de Deus, não era adequadamente compreendida ou
cumprida se visto apenas os trechos fora do contexto e da época, ou de maneira
desagregada do propósito maior, justiça e vida,
e fidelidade ao Pai, uma vez que para aplicar uma pena como esta, também
os “julgadores” deveriam está “puros”, serem justos como pressuposto, algo como
não ser pecador aquele que se coloca como “julgador”, não ser parcial (pois não
raramente apenas as mulheres eram punidas), para assim sendo não tornar
ilegítima a pena determinada segundo as Leis de Moisés. O que resultou em
outros entendimentos, como se ver depois na traição de Davi (onde o próprio
Deus julga, e o perdoa), em II Samuel 12:09 e em Ezequiel 43:45. Algo que Jesus
Cristo torna claro, com a misericórdia agindo em plenitude diante da perversão
humana (Lucas 16:15-18, João 8:3-11).
Êxodo 20:14
Não cometerás adultério.
Levítico 20:10
Se um homem cometer adultério com uma mulher casada, com a mulher de seu
próximo, o homem e a mulher adúltera serão punidos de morte.
Deuteronômio 22:20
Se se encontrar um homem dormindo com uma mulher casada, todos os dois deverão
morrer: o homem que dormiu com a mulher, e esta da mesma forma. Assim, tirarás
o mal do meio de ti.
II Samuel 12:09
Por que desprezaste o Senhor, fazendo o que é mau aos seus olhos? Feriste com a
espada Urias, o hiteu, para fazer de sua mulher a tua esposa, e o fizeste
perecer pela espada dos amonitas.
II Samuel 12:09
Davi disse a Natã: Pequei contra o Senhor. Natã
respondeu-lhe: O Senhor perdoa o teu pecado; não morrerás.
Ezequiel 43:45
Os justos, porém, vão julgá-las, como se faz com as adúlteras, e com aquelas
que derramam sangue, porque são, de fato, adúlteras; suas mãos estão manchadas
de sangue.
Mateus 19:3-9
Então chegaram ao pé dele os
fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por
qualquer motivo?
Ele, porém, respondendo,
disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os
fez,
E disse: Portanto, deixará o
homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?
Assim não são mais dois, mas
uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.
Disseram-lhe eles: Então, por
que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?
Disse-lhes ele: Moisés, por
causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas
ao princípio não foi assim.
Eu vos digo, porém, que
qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar
com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete
adultério.
Lucas 16:15-18
Jesus disse-lhes: Vós
procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas Deus vos conhece os
corações; pois o que é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de
Deus.
A lei e os profetas duraram
até João. Desde então é anunciado o Reino de Deus, e cada um faz violência para
aí entrar.
Mais facilmente, porém,
passará o céu e a terra do que se perderá uma só letra da lei.
Todo o que abandonar sua
mulher e casar com outra, comete adultério; e quem se casar com a mulher
rejeitada, comete adultério também.
João
8:3-11
Os escribas e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em
adultério.
Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus:
Mestre, agora mesmo esta mulher foi apanhada em adultério.
Moisés mandou-nos na lei que apedrejássemos tais
mulheres. Que dizes tu a isso?
Perguntavam-lhe isso, a fim de pô-lo à prova e poderem
acusá-lo. Jesus, porém, se inclinou para a frente e escrevia com o dedo na
terra.
Como eles insistissem, ergueu-se e disse-lhes: Quem de
vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.
Inclinando-se novamente, escrevia na terra.
A essas palavras, sentindo-se acusados pela sua própria
consciência, eles se foram retirando um por um, até o último, a começar pelos
mais idosos, de sorte que Jesus ficou sozinho, com a mulher diante dele.
Então ele se ergueu e vendo ali apenas a mulher,
perguntou-lhe: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?
Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus:
Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar.
Falou-lhes outra vez Jesus: Eu sou a luz do mundo; aquele
que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.
Os trechos da Bíblia ou o exemplo que usamos para ilustrar,
poderiam sim ser outros, mas sem dúvida igualmente válidos, pois a verdade
contida neles é consistente e única.
Como frisa Cristo, a dureza das
leis dadas a Moisés, era em face da dureza dos corações dos homens, que até
então mantinham pouca e efetiva relação com Deus, e assim precisavam ser
educados e disciplinados, até que com o tempo e dedicação, se tornassem
aptos a compreender a profundidade desta relação e da vontade de Deus,
manifestada claramente com e após Jesus Cristo. Quando então nos é proposta uma
nova forma de enxerga o Pai, pelo amor e pela misericórdia, numa nova forma de
conduzir os destinos, por meio da cultura da vida, e com objetivo a vida plena,
basta constatar em alguns trechos do Novo Testamento (Mateus 19:3-9; e Lucas
16:15-18).
Lucas 11:51
Desde o sangue de Abel até o
sangue de Zacarias, que foi assassinado entre o altar e o templo. Sim,
declaro-vos que se pedirá conta disso a esta geração!
Ratificando esta nova percepção,
onde não se justifica a nossa disposição em ser “instrumento” punitivo, ou agir
como hipócritas e numa falsa moral, decretar sobre outros penas cruéis, sejam nossos desafetos, ou
aos que contrapõem-se a interesses dos “poderosos de ocasião”, é por isso que ocorre o
próprio sacrifício de Jesus Cristo, morto cruelmente na cruz após um julgamento
injusto, onde judeus, Sinédrio (a cúpula religiosa judaica, supostos servidores
de Deus), e dominadores romanos, cada qual por seus próprios interesses e
convicções, o sentenciaram a uma pena degradante e capital, não tão diferentes
do que ocorreu com João Batista (morto a mando do pervertido Herodes Antipas,
por razões mesquinhas), ou ao profeta Zacarias morto entre o altar e o
santuário (conforme Lucas 11:51).
João 10:9-11
Eu sou a porta. Se alguém
entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem.
O ladrão não vem senão para
furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a
tenham em abundância.
Eu sou o bom pastor. O bom
pastor expõe a sua vida pelas ovelhas.
O sacrifício de Cristo, inocente
assim como muitos outros ao longo da história, condenados as mais diversas
penas, muitas das quais duras e apenas para que uns poucos mantenham
privilégios, ou suas convicções de pensamentos e sociedades, não pode continuar
a ser desprezado enquanto grande lição para humanidade, especialmente pelos que
se dizem seus seguidores, e ao longo do tempo (nas cruzadas, nas guerras
cristãs da idade média, promovidas pelas igrejas, ou em nossos tempos como no
extermínio de irmãos em guetos e favelas, etc.), e por diversos motivos e
pretextos, que não são para vida, mas contrariamente aos seus exemplos e
ensinamentos, nos levam todos também a situações difíceis, por vezes mentirosas
e falsas, a escolhas que alimentam ainda culturas de morte, semelhantes a
antes de sua vinda, e igualmente sem propósitos verdadeiros ou justos, pois
como nos disse Ele: “eu vim para que todos tenham vida e para que a tenham em
abundância”.
Por estas razões, nós cristãos
devemos repudiar e combater todo discurso e ideia, que nos remeta a injustiças,
ódio e violências, ainda que com aparência legal, mas que ferem e trazem dores
a quem minimamente possa um dia ser considerado inocente, e não devemos
reforçar ou propagar ira e cultura de morte,
que possam nos apresentar a pretexto de, por ordem nas coisas, ou limpar
nossa sociedade, pois no fundo não passam de maldades travestidas, de
injustiças e crimes egoístas e mesquinhos, ou vinganças que não edificam a
sociedade, nem conduzem a vida aqui ou na eternidade com Deus.
Não a todos que propagam a morte,
a injustiça e a intolerância, e semeiam entre nós divisões, ou nos separam
definitivamente de Cristo e de Deus! Quem não age segundo este prisma, segundo
a verdade, não dá bom testemunho de vida cristã!